Sem acordo na campanha salarial, papeleiros deflagram estado de greve

  Sem acordo na campanha salarial, papeleiros deflagram estado de greve

A campanha salarial estadual dos trabalhadores nas indústrias do papel, papelão e cortiça, que teve rodada com os três setores nesta semana, não avançou e a categoria poderá deflagrar greve na próxima semana. A informação é do presidente do Sindicato local, Francisco Pinto Filho, o Chico, que lamenta o pouco caso do empresariado na negociação da campanha salarial da categoria que tem data-base em primeiro de outubro e soma cerca de 1.500 na cidade e aproximadamente 60 mil trabalhadores no Estado.

Tanto nas rodadas de negociação com o setor de papelão como o de papel, que aconteceram respectivamente na última quarta e quinta-feira, em São Paulo, o empresariado propôs somente a reposição dos salários pela inflação, que de acordo com o INPC, foi de 5,69%. Já na negociação que aconteceu nesta sexta-feira, dia 25 de outubro, com o setor de artefatos de papel, foi proposto 7% de reajuste, mas somente para quem ganha até cinco pisos salariais da categoria, enquanto que para os demais a inflação, além de elevação da cesta de alimentos para 35 quilos.

Diante disso, os papeleiros decidiram deflagrar estado de greve. Conforme o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Papel, Papelão e Cortiça de Piracicaba (Sintipel), foi feito comunicado às empresas da deflagração do estado de greve, mostrando a insatisfação da categoria. Na segunda-feira, dia 28 de outubro, Chico participa em São Paulo de reunião na Federação da categoria, quando será decidido quais empresas começaram a sofrer paralisação. “Isso quer dizer que se nas próximas horas não for apresentada uma melhoria nestas propostas, só nos restará entrarmos em greve”, acrescenta.

Os trabalhadores reivindicam nesta campanha salarial a reposição da inflação, aumento real, abono salarial, melhoria no percentual das horas extras, no valor da cesta de alimentos, além de trabalho com saúde e segurança. “Queremos apenas uma parte do lucro que as empresas têm tido”, destaca Chico.

Vanderlei Zampaulo – MTb-20.124

25/10/2013