Há anos, o Sindicato dos Papeleiros tem procurado colaborar e entender a situação difícil por que passa a RST, segundo seus representantes. Primeiro foi a retirada do café da manhã, alegando dificuldades financeiras. Quanto tempo faz? A empresa só fez promessas de seu retorno. E os pagamentos atrasados? Quanto tempo isso vem acontecendo? Até quando o papeleiros vai sofrer por uma situação que não foi criada pela categoria?
O Sindicato colocou em discussão e votação o acordo para redução do piso salarial, por 10 meses, com a proposta de contratação de novos funcionários. Não adiantou nada. O Sintipel foi buscar ajuda na Comissão Municipal de Emprego e com a Secretaria Municipal da Indústria e Comércio, procurando alternativas de financiamento. Por que a empresa foi se endividar tanto assim?
O Sindicato fez dois acordos de Banco de Horas. O último neste ano, no mês de janeiro, quando praticamente foi pedido aos trabalhadores para dar mais uma chance à empresa. De nada adiantou. Isso vem acontecendo há anos. Até quando os papeleiros vão ficar pagando pelo prejuízo da empresa ou pela sua má administração?
Como se tudo isso não bastasse, agora a empresa propôs ao Sindicato cobrar o Plano de Assistência Médica, uma conquista dos trabalhadores há mais de 10 anos. Ela propôs também a prorrogação do prazo para implantação da refeição, prevista para o último dia 1º de abril, para outubro de 2008, ou seja, mais seis meses, sem pagar nada.
O Sindicato não concorda, quer o cumprimento da Convenção, a implantação da refeição ou pagamento do vale-refeição no valor de R$ 5,00 (cinco reais) por dia. Se continuar essa situação, a Justiça será o caminho, exigindo a ação de cumprimento. Outro aviso: as férias têm que ser pagas com cinco dias antes do papeleiro sair de férias e não durante.