Reunião de revisão do manual de máquinas é marcado por apresentação de protótipo e ingresso de novas empresas
A segunda reunião da Comissão tripartite, que vem trabalhando na revisão do manual de segurança de máquinas de papel, papelão e celulose, realizada na última quinta-feira, dia 21 de março, foi marcada pela apresentação do protótipo para corte das amarras dos fardos de papel, e pela participação da Voiti, assim como pelo anúncio de que a Fíbria também passará a participar deste trabalho. A reunião foi realizada na Oji Papéis, e o sindicato esteve representado pelo presidente Francisco Pinto Filho, o Chico, e pelo diretor Sérgio Augusto Gonçalves.
A comissão é composta pelo nosso Sindicato, o Ministério do Trabalho, Fundacentro, o Cerest (Centro de Referência em Saúde do Trabalhador) e pelas sete empresas do setor: Oji Papéis Especiais, Klabin SA, Salusa, Reipel, Weidmann, Reiart e RST, e agora Voiti e Fíbria. O trabalho de revisão do manual teve início no primeiro trimestre do ano passado com a finalidade de adaptá-lo às normas de segurança estabelecidas pela NR-12, que trata das normas relacionadas às máquinas e também com relação ao ambiente de trabalho.
O protótipo para ampliar a segurança no corte das amarras dos fardos tem um metro e noventa centímetro de altura e cinqüenta centímetros de largura, sendo confeccionado em aço carbônico, na cor amarela. “A intenção é de garantir a segurança do trabalhador ao desenvolver esta atividade, uma vez que por ter muita pressão acaba chicoteando o operador desta atividade, principalmente quando o material está molhado ou umedecido, que ocorre geralmente no seu transporte”, observa o presidente do sindicato. Quem está desenvolvendo este projeto é a AGG. Assim que ficar concluído os estudos será avaliado por trabalhadores, sendo que a intenção é de que na próxima reunião da Comissão, marcada para o dia 25 de abril, na Oji Papéis, seja apresentado o protótipo, já com testes realizados.
Este trabalho, que envolve o setor de papel, papelão e celulose, está sendo desenvolvido em toda cadeia do setor, desde a matéria-prima, que é a madeira, até o produto final, que é o papel e a celulose. A ideia do grupo também é de tentar colocar um anexo na NR12 específico para o setor de papel.
MESA PLANA – Na reunião também começou a ser analisado as mesas planas e a intenção da Comissão é de iniciar visitas, principalmente nas pequenas empresas, para verificar ‘in loco’ o seu funcionamento. É que há risco maior na manutenção e limpeza da mesa plana, que é feito principalmente quando a máquina está em ‘boil-out’ (máquina não está estabilizada), gerando problemas na produção do papel ou na tela. A meta é de colocar no Manual um item específico para a realização desta operação.
A Comissão também está observando as escadas utilizadas para o acesso às máquinas. Os riscos, avaliados, é quando o trabalhador necessita subir as escadas carregando equipamentos, uma vez que, geralmente, são estreitas, inclinadas, degraus pequenos. A intenção é de rever o porte das escadas.
Vanderlei Zampaulo – MTb-20.124