Papeleiros decidem fazer campanha unificada, e tiram bandeiras de lutas, como garantia de emprego
Em Encontro Estadual, realizado nesta semana, nos dias 1 e 2 de julho, na cidade de Praia Grande, papeleiros de todo Estado de São Paulo, discutiram a atual conjuntura econômica e decidiram realizar a campanha salarial unificada, envolvendo os setores do papel e celulose, papelão e artefatos de papel, e tiraram as principais bandeiras de lutas, como a melhoria nos salários e a garantia da manutenção do nível de emprego. No Encontro, organizado pela Federação Estadual da categoria, que reuniu mais de 200 dirigentes sindicais de todo Estado e também de Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, Piracicaba foi representada pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Papel, Papelão e Cortiça de Piracicaba (Sintipel), Francisco Pinto Filho, o Chico, e pelos diretores Emerson Cavalheiro, Agnaldo da Silva Pereira, José Maria Rodrigues da Silva, Odair de Almeida Barros e Sérgio Gonçalves.
No evento, realizado nas Colônias de Férias dos Papeleiros e dos Borracheiros, os dirigentes sindicais participaram de palestra sobre conjuntura econômica, ministrada pelo técnico do Dieese, Ilmar Ferreira da Silva, que também apresentou dados sobre as indústrias do setor papeleiro no País, mostrando que continuam em expansão, principalmente o do papel e da celulose, inclusive com grandes perspectivas de crescimento para exportação, dando o norte para as deliberações para o Encontro. “É diante deste cenário que tiramos as nossas bandeiras de lutas, que irão nortear a elaboração da nossa pauta de reivindicações para a campanha salarial deste ano, em novo encontro que acontecerá nos próximos dias, na nossa Federação”, destaca o presidente do Sintipel.
Os trabalhadores das indústrias do papel têm data-base em outubro e soma cerca de 1500 em Piracicaba e aproximadamente 70 mil no Estado. Na campanha salarial, a categoria deverá reivindicar a reposição da inflação dos 12 meses anteriores à data-base da categoria, com aumento real de 5%, melhoria no piso salarial, redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais nos setores de artefatos e papelão, equiparando assim ao setor do papel que já tem esta conquista. A categoria também vai reivindicar melhorias nas demais cláusulas sociais, como adicional noturno, cesta de alimentos e o pagamento do 14º salário.
A pauta de reivindicações para a campanha salarial deverá ser entregue aos empresários, provavelmente, em agosto. “Sabemos que esta campanha acontecerá dentro de um cenário difícil, mas a decisão tomada neste Encontro, de realizarmos uma campanha salarial unificada, envolvendo todos os trabalhadores de todos os setores das indústrias do papel e celulose, papelão e cortiça, com certeza, vai contribuir para que tenhamos mais força na mesa de negociação com o empresariado”, diz Chico.
Vanderlei Zampaulo – MTb-20.124