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PAPELEIROS AMEAÇAM GREVE

 

Negociações estaduais emperram
e papeleiros ameaçam greve
 
Sem avanço nas negociações estaduais, que aconteceram nesta tarde de quinta-feira, dia 4 de novembro, em São Paulo, os trabalhadores das indústrias de papelão ameaçam deflagrar greve para pressionar o empresariado, o que deve acontecer entre o final de semana e segunda-feira. A informação é do presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Papel, Papelão e Cortiça de Piracicaba, Francisco Pinto Filho, que participou da rodada em que o empresariado manteve a proposta de 6,2% de reajuste para os trabalhadores do setor de papelão.
Com data-base em primeiro de outubro, os trabalhadores das indústrias de papel, papelão e cortiça reivindicam 9% de reajuste salarial, abono salarial de R$ 1.500,00, piso salarial de R$ 1.036,20, cesta básica de alimentos de R$ 150,00, além de hora extra com adicional de 150% e adicional noturno com adicional de 50%.
De acordo com o presidente do sindicato, em função da intransigência do empresariado, a Federação dos Trabalhadores do Papel, Papelão e Cortiça de São Paulo já encaminhou comunicado às empresas, na tarde desta quinta-feira,  dando prazo de 48 horas para que seja apresentada uma nova contraproposta, e informando que a categoria está em estado de greve e disposta a parar. “Diante deste impase não nos resta outra alternativa. Vamos nos reunir na manhã desta sexta-feira (5 de novembro), em São Paulo, e decidir por quais empresas vamos iniciar esta paralisação”, conta Francisco Pinto Filho.
Em Piracicaba, a Klabin e a Salusa, ambas na região de Santa Terezinha, que empregam mais de 630 trabalhadores, pertencem ao setor do papelão e também podem sofrer paralisações. “A greve é o único instrumento que nos está restando, diante da falta de compreensão do empresariado”, destaca Francisco Pinto Filho.
 Nas negociações, os empresários só propuseram elevar o valor da cesta básica de alimentos de R$ 85,00 para R$ 92,00 e o abono de R$ 950,00 para R$ 1.008,00. “É muito pouco. As empresas estão faturando como nunca e nos estão oferecendo migalhas”, diz o presidente do sindicato.  
PAPEL E ARTEFATOS – De acordo com o Francisco Pinto Filho, as negociações da campanha salarial dos trabalhadores das indústrias de papel e artefatos também estão paradas. “As nossas reivindicações são as mesmas e caso as negociações não sejam retomadas, nos próximos dias, estes trabalhadores também deverão deliberar por paralisar as atividades para pressionar o empresariado”, completa o sindicalista. 
Vanderlei Zampaulo – MTb-20.124

 

05/11/2010
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Jornal do Papeleiro

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