ESTADO DE S. PAULO
Força Sindical quer correção monetária do FGTS
Além de pedir reajuste salarial pela inflação, sindicalistas defendem agora que perdas do Fundo chegam a 88,3%
24 de maio de 2013 | 17h 57
Carla Araújo, da Agência Estado
SÃO PAULO - A Força Sindical pretende entrar com ação coletiva para pedir a correção monetária sobre os depósitos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) dos trabalhadores representados pelos sindicatos com recomposição financeira das possíveis perdas.
A entidade defende que as perdas chegam a 88,3%. "Só nos últimos dois anos, as perdas chegam a 11%", declarou, em nota, a Força Sindical nesta sexta-feira, 24.
De acordo com a entidade, os trabalhadores perderam cerca de R$ 50 bilhões entre 1999 e 2012 com a "manipulação" da TR, que incide no cálculo dos juros do FGTS.
"Desde 1999, o FGTS dos trabalhadores brasileiros está sendo corrigido de maneira errada", diz o comunicado.
De acordo com a Força Sindical, situação semelhante aconteceu em 2001, quando os trabalhadores ganharam ações na Justiça sobre as correções dos planos Collor e Verão.
"E o governo teve que abrir negociação e pagar as correções", diz a entidade.
Durante assembleia convocada para este sábado, 25, que lançará a Campanha Emergencial pela reposição das perdas salariais provocadas pela inflação, a Força Sindical vai iniciar a coleta de assinaturas dos trabalhadores que querem entrar com a ação na Justiça.