Executiva do Conespi estreita relação com auditores fiscais e passa a apoiar greve da categoria
A executiva do Conespi (Conselho das Entidades Sindicais de Piracicaba) se reuniu na manhã desta quinta-feira, 18 de fevereiro, com um grupo de auditores do Ministério do Trabalho em Piracicaba, quando foi manifestado o interesse de ambas as partes de unir forças para aproximar ainda mais o movimento sindical de Piracicaba junto a Gerência local a fim de ampliar as ações conjuntas em defesa dos trabalhadores. O encontro aconteceu na sede do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Papel, Papelão e Cortiça de Piracicaba (Sintipel), quando os auditores explicaram os motivos da paralisação da categoria e receberam o apoio da executiva do Conespi, entidade que representa mais de 200 mil trabalhadores da ativa e aposentados de Piracicaba e região.
Durante a reunião, de aproximadamente duas horas, os sindicalistas lembraram de diversas ações já realizadas em conjunto, que resultaram em projetos e medidas que até hoje contribuem para melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores, especificamente nas questões relacionadas à saúde e segurança e o respeito aos direitos estabelecidos pela legislação.
Em Piracicaba, 13 dos 15 auditores fiscais participam do movimento, que mantém 30% dos serviços oferecidos pela Gerência do Ministério do Trabalho na cidade, voltados, neste momento, especificamente para demandas de risco grave iminente à vida e aquelas que envolvem atrasos de salários.
De acordo com os auditores, a negociação com o governo federal se arrasta desde agosto de 2015 e eles estão buscando apoio para pressionar a União a concluir este processo, em que a categoria reivindica recomposição salarial. Eles explicaram que por se tratar de servidores federais o processo de negociação é bastante complicado, uma vez que não tem a intermediação da Justiça do Trabalho, como ocorre com o trabalhador da iniciativa privada. Até agora, o governo só ofereceu um reajuste salarial de 21%, a ser pago em quatro anos, enquanto que a inflação do período ultrapassa a casa dos 40%.
De acordo com o presidente do Conespi, Francisco Pinto Filho, o Chico, este apoio dado pela executiva será levado para ser ratificado em reunião da diretoria plena que acontecerá já na próxima segunda-feira, 22 de fevereiro. “Os auditores fiscais são trabalhadores e estão reivindicando apenas o que é justo, portanto, tem todo nosso apoio. Vamos fazer diversas gestões, inclusive às centrais às quais pertencemos para pedir que este apoio seja ampliado, uma vez que além de reivindicarem o que consideram justo, esta greve acaba prejudicando o nosso trabalhador e é necessário concluir este processo normal para que todo trabalho da Gerência do Ministério do Trabalho seja normalizado”, disse.
A reunião foi concluída com os dirigentes destacando a importância da disposição dos fiscais do Ministério do Trabalho em atuarem em parceria e maior relação com o movimento sindical de Piracicaba e região. “O Ministério do Trabalho e seus auditores fiscais são parceiros importantes no trabalho que desenvolvemos em defesa dos interesses dos trabalhadores”, completa Chico.
Vanderlei Zampaulo – MTb-20.124
Um grupo de diretores do Sintipel (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias...