Diretores do Sintipel participaram do 9º Congresso da CNTI
Os diretores do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Papel, Papelão e Cortiça de Piracicaba (Sintipel), Rogério Rodrigues de Souza e Edson de Jesus Berto participaram de 23 a 26 deste mês, do 9º Congresso Nacional dos Trabalhadores na Indústria do Plano da CNTI, realizado no Centro de Treinamento Educacional, em Luziânia (GO). O evento reuniu cerca de 700 industriários de todo o país e marcado por manifestações apreensivas em relação ao grave momento de crise que atinge o país marcaram a solenidade de abertura. O evento, que foi realizado paralelo às comemorações dos 70 anos da Confederação, foi aberto pelo seu presidente, José Calixto Ramos.
Ao longo de quatro dias de Congresso foram abordados temas relacionados à economia brasileira, principalmente com relação ao emprego e a situação das empresas.
O evento prossegue até a próxima quarta-feira, 26, e os congressistas têm como pauta a conjuntura atual e seus impactos no sindicalismo; estrutura sindical e seu custeio; relação entre capital e trabalho; perspectivas e contradições sobre a proposta de reforma da Previdência Social; igualdade de oportunidades e discriminação; e meio ambiente que, por suas peculiaridades, alcançam todos os grupos da Confederação.
Logo na abertura, o advogado Jairo Leandro Luiz Rodrigues, da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias do Estado de Santa Catarina, cerimonialista do evento, leu mensagem de Charles Chaplin de incentivo à luta com determinação, “porque o mundo pertence a quem se atreve”. Deixa usada pelo presidente da CNTI, José Calixto Ramos, ao abrir oficialmente o evento.
José Calixto falou da necessidade de que os sindicatos estejam conscientes da gravidade do momento e de suas consequências para a classe trabalhadora e para a sociedade em geral. “Vivemos uma profunda crise política, que alimenta a crise econômica e, lamentavelmente, uma crise moral. Necessitamos de avanço, não à toda prova, mas consumadora de ideias de todos os trabalhadores e da sociedade para chagarmos a um objetivo maior”.
O presidente da CNTI disse que os trabalhadores devem se unir. Segundo ele, o patrão investe com a visão do retorno e do lucro, sem consciência da sua responsabilidade social; e o governo atua por um Estado mínimo. “Temos hoje mais de 50 projetos tramitando no Congresso Nacional, mudando as relações de trabalho, reduzindo e até retirando direitos”, alertou.
Ao longo do congresso, foram realizados debates divididos em grupos: indústria do vestuário; fiação e tecelagem; indústria extrativa; indústrias urbanas; indústria da borracha; indústria do papel; indústria joalheira, relojoaria, vidro, cristal, cerâmica, instrumentos musicais, brinquedos e químicos; construção e mobiliário; e alimentação, gráficos e metalúrgico. Os diretores do sindicato participaram do debate sobre a indústria do papel, sendo que cada grupo tirou propostas que farão parte do relatório geral deste Congresso.
Vanderlei Zampaulo – MTb-20.124