Papeleiros se organizam para firmar contrato coletivo nacional para o setor Papeleiros de todo País estão desenvolvendo um Projeto de Negociação Coletiva e Ação Sindical para o setor de papel e celulose, com o objetivo de fortalecer a categoria nas negociações salariais e, inclusive, na busca de avanços para melhorar os ambientes de trabalho. A informação é do presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Papel, Papelão e Cortiça de Piracicaba, Francisco Pinto Filho, o Chico, que já participou de dois encontros para discutir essa organização, sendo o primeiro em agosto deste ano, em Santa Catarina, na sede da FETIESC (Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Santa Catarina), em Itapema, enquanto que o último foi realizado entre os dias 24 e 26 de novembro último, em Curitiba, quando foi tirado um plano de ação já para os anos de 2011 e 2012.
Neste seminário, o líder sindical destaca que foi debatido o tema “A ação sindical para a construção de um Contrato Coletivo de Trabalho do Setor de Papel e Celuloseno Brasil”, sendo uma continuidade do seminário “Negociações Coletivas do Setor de Papel e Celulose no Brasil e a Construção de um Contrato Coletivo Nacional”, realizado, em Santa Catarina.
O presidente do Sintipel, que também é diretor da Federação dos Trabalhadores Papeleiros no Estado de São Paulo, destaca que esta atividade foi realizada em conjunto com o DIEESE, visando a elaboração do plano de ação para a unificação da negociação coletiva no setor do papel e celulose no Brasil. “Acreditamos que uma negociação em nível nacional só tende a ampliar a força da categoria e, consequentemente, garantir mais benefício aos papeleiros, desde melhores salários como melhores condições de trabalho”, ressalta Chico. Com esta finalidade de ampliar as ações em favor da categoria, o presidente do Sintipel conta que a entidade está envolvida num projeto muito maior, que extrapola os limites geográficos do Brasil, com a participação de lideranças sindicais dos países do Conesul. Este projeto é promovido e coordenado pela ICEM (Federação Internacional dos Trabalhadores do Ramo Químico), onde o setor de papel e celulose esta incluído, inclusive tendo o financiamento da SASK, um centro de solidariedade sindical da Finlandesa. Francisco Pinto Filho conta que este projeto teve início em julho de 2009, com o objetivo de fortalecer o movimento sindical no Conesul. “Queremos fortalecer e estreitar a relação sindicato e base e, assim, dar mais visibilidade do setor de papel e celulose nestas regiões, o que também contribuirá para garantir melhores resultados aos trabalhadores”, completa. Vanderlei Zampaulo – MTb-20.124