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Conespi e Cerest foram à Câmara defender regulamentação dos alojamentos de trabalhadores

Conespi e Cerest foram à Câmara defender regulamentação dos alojamentos de trabalhadores

 

O presidente do Conespi (Conselho das Entidades Sindicais de Piracicaba), Fânio Luis Gomes, acompanhado do diretor da entidade, Francisco Pinto Filho, o Chico, e a coordenadora do Cerest (Centro de Referência em Saúde do Trabalhador), Clarice Bragantini, estiveram na Câmara de Vereadores de Piracicaba, nesta última terça-feira, dia dois de junho, reunidos com o presidente Matheus Erler (PSC), defendendo a regulamentação dos alojamentos de trabalhadores na cidade. Do encontro, que também contou com a participação do gerente regional do Ministério do Trabalho em Piracicaba, Antenor Varolla, e dos técnicos do Cerest, Alessandro José Nunes da Silva (técnico de segurança do trabalho), Mara Alice Takahashi (socióloga) e Helder do Prado Sousa (fisioterapeuta), foi apresentada as atuais frentes de atuação e solicitado empenho da Câmara de Vereadores para ampliar as ações em prol da vigilância dos trabalhadores.

De acordo com a coordenadora do Cerest, Piracicaba possui uma lei municipal aprovada que contribuiu de forma significativa para a redução de acidentes nas usinas de cana-de-açúcar, que estabelece condições básicas nos alojamentos dos trabalhadores. O problema atual, com a migração da mão de obra do setor sucroalcooleiro para a construção civil, é também estabelecer critérios nos alojamentos desta área. Este é um desafio que o Cerest precisa da Câmara, tanto no desenvolvimento do projeto, quanto na aprovação de legislação específica.

De acordo com Fânio e Chico, respectivamente presidente e diretor do Conespi, a ideia é de a cidade passar a contar com uma lei específica estabelecendo critérios para o funcionamento de alojamentos no município. “A nossa ideia é que possamos por fim de vez a improvisações de locais para receber trabalhadores sem o mínimo de condições de acomodação”, disse Fânio. Para Chico, o problema que já foi muito grave no setor de usina de açúcar, nos últimos tempos foi transferido para o setor da construção civil, levando constantemente o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil, presidido por Milton Costa, a ter que intervir para retirar trabalhadores alojados inadequadamente.

Matheus Erler sugeriu que um eventual projeto, de construção coletiva, seja ampliado para outros setores. Novas reuniões serão agendadas para que o texto seja aprimorado e venha a ser apresentado na Câmara. Além disso, o Cerest tem como desafio minimizar os acidentes com motociclistas, seja entre os que atuam como moto-táxi ou entre os que utilizam o veículo de duas rodas para chegar ao trabalho. Segundo o presidente da Câmara, o comprometimento da atual mesa diretora com as entidades é não travar o andamento de proposituras na Câmara. “Faremos o que for preciso para atender às necessidades. Este é o tipo de diálogo que a Câmara quer, pois quanto mais ouvimos, menos erramos”, disse o presidente.

 

Vanderlei Zampaulo – MTb-20.124

03/06/2015
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