Comsepre quer discutir impactos da importação de mão-de-obra com prefeito e secretários municipais
A Comsepre (Comissão Municipal de Prevenção aos Acidentes de Trabalho e Doenças Relacionadas ao Trabalho) quer discutir com o prefeito Gabriel Ferrato e com os secretários municipais do Trabalho, Educação, Saúde, Obras e Desenvolvimento Social os impactos que a cidade está vivendo em função da importação de mão-de-obra para atuar em diversos segmentos, mas principalmente no setor da construção civil. A decisão foi tomada durante reunião da Comsepre que aconteceu na manhã desta última segunda-feira, 11 de novembro, no Cerest (Centro de Referência em Saúde do Trabalhador), com a participação de dirigentes sindicais e da Gerência do Ministério do Trabalho na cidade, em função de que Piracicaba, pelo seu desenvolvimento, tem chamado a atenção de trabalhadores de diversas regiões do País.
De acordo com Milton Costa, subcoordenador da Comsepre e presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Piracicaba (Sinticompi), esta importação de mão-de-obra, que vem se ampliando no município, está provocando impactos na sociedade e há necessidade de definir uma linha de atuação, integrando as diversas secretarias municipais, com o objetivo de amenizar esta situação. Ele conta que no setor da construção civil, por exemplo, também têm empresas de outros Estados que vêm à cidade para realizar obras e acabam trazendo cem por cento de mão-de-obra de outros municípios.
Diante disso, a Comsepre entende que a Secretaria de Obras pode intervir, dialogando com empresariado para que busque mão-de-obra local, e só “importe” pessoal em último caso. Já a Secretaria de Trabalho e Renda tem a missão de capacitar mão-de-obra, enquanto que a de Saúde precisa garantir informações e viabilizar a documentação necessária para o atendimento a estes trabalhadores. Já a de Desenvolvimento Social acompanhar estes trabalhadores, uma vez que muitos vêm à cidade, inclusive, sem um local adequado para residir, enquanto que a de Educação buscar a alfabetização destes profissionais, uma vez que muitos não sabem ler e escrever minimamente. “O encontro que estamos buscando visa melhorar as relações entre trabalhadores e o Poder Público, que tem a missão de zelar pela saúde e integridade destas pessoas, antes que se torne um grave problema social”, completa.
Vanderlei Zampaulo – MTb-20.124